Os estudantes e técnico-administrativos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), maior instituição de ensino superior do Estado, fecharam os portões do Campus I da universidade, em Salvador, nesta terça-feira. A manifestação foi em protesto contra reformulações do calendário acadêmico feitas pela administração central, após a greve de professores, encerrada no último dia 16. As aulas e o expediente administrativo da universidade foram suspensos.
Os alunos pleitearam um acréscimo de 19 dias ao calendário acadêmico deste semestre - composto por 100 dias letivos - para compensar os 51 dias de paralisação docente. O pedido foi feito em assembleia realizada ontem à tarde, com a Reitoria e a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) da Uneb.
A medida precisa, agora, ser aprovada em reunião do Conselho Universitário, instância máxima da instituição. A reunião do conselho ainda não tem data definida, mas a manifestação dos discentes tem o objetivo de pressionar os conselheiros, explica Marcelo Lemos, 22, estudante do curso de História e membro da diretoria do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Uneb.
"Entendemos que a greve de docentes foi legítima, mas exigimos uma reformulação no calendário acadêmico que não culmine em perdas pedagógicas para nós, estudantes", argumenta Marcelo. Ainda de acordo com o estudante, a manifestação também tem o intuito de chamar a atenção da administração central da universidade e do governo do Estado para outros pleitos da categoria, a exemplo da criação de uma rúbrica específica para assistência e permanência estudantil.
Estudantes de pelo menos outros três campi da Uneb, nas cidades de Alagoinhas, Caetité e Eunápolis, realizaram assembleias para discutir a situação.
Paralisação de técnicos
A paralisação estudantil desta terça-feira é uma adesão à manifestação semanal que os técnico-administrativos da Uneb e das Universidades Estaduais de Feira de Santana (Uefs), de Santa Cruz (Uesc) e do Sudoeste da Bahia (Uesb) estão realizando, há pelo menos um mês, explica Edson Pinto, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau do Estado da Bahia (Sinest/Uneb).
"Exigimos o agendamento de uma mesa de negociação com o governo estadual para tratar da regulamentação da lei 11375, de 2009, referente ao enquadramento dos técnico-administrativos das quatro universidades estaduais", observa o coordenador.
Ainda de acordo com Edson, a pauta de reivindicações dos técnicos contempla outros 25 itens, entre os quais, o pagamento de processos URV (Unidade Real de Valores). Por conta do bloqueio dos portões da universidade, nem a Prograd, nem a assessoria de comunicação da universidade foram encontradaa para comentar o caso.
Informações: Terra
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