Depois de quatro dias de reuniões, foi encerrada no início da noite de ontem as negociações sobre a entrada de uma carga radioativa com concentrado de urânio em Caetité. Com anuência da comissão institucional provisória criada para discutir o assunto, o carregamento de concentrado de urânio que estava retido no município vizinho de Guanambi, foram liberadas para seguirem para a unidade das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal responsável pela carga. Segundo o Professor Fabiano Cotrim, representante da Sociedade Civil na Comissão, “apesar das carretas retornarem para Caetité, o episódio acabou sendo positivo, uma vez que a comunidade, a empresa e todos saíram ganhando com o termo de compromisso assinado entre as partes e preservado também a segurança da população de Guanambi”.
O acordo foi referendado com a assinatura de um termo de referência com condições sobre o transporte e manipulação do material no município. A INB emitiu, também, uma nova "Comunicação de Operação de Transporte", documento necessário para o deslocamento de carga radioativa, que foi enviado aos órgãos envolvidos, inclusive ao IBAMA, comunicando a data do deslocamento da carga. Embora não tenha sido dibulgada por queztões estratégicas, o transporte do material aconteceu na madrugada desta sexta-feira, passando por Caetité por volta das 4 horas da manhã.
Para chegar ao acordo os membros da comissão, formada por representantes da igreja, prefeitura, câmara de vereadores, ONGs e sociedade civil, apresentaram condições, entre elas: presença da CNEN, Ibama, INB e do próprio grupo durante o processo de resolução e processamento da carga.
Para o Prefeito de Guanambi, Charles Fernandes, o consenso acabou sendo a melhor saída, "principalmente com as condições estabelecidas no acordo", deixando tambem a população de Guanambi aliviada.
Condições - "A carga permanecerá lacrada até que sejam preenchidos todos os requisitos de segurança", diz o documento. Outra condição foi a de envio de um novo pedido de licença para manuseio do urânio no local, além de garantias de segurança aos trabalhadores. "A decisão foi a mais prudente, melhor para todos", declarou o presidente da INB, Alfredo Tranjan.
Fonte: icaetite
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