Comunidade acusa empresa de se apropriaterras, derrubarem cercas e fazerem demolições de casas de famílias em Caetité. Moradores da comunidade de Caldeiras, Distrito de Sapé, foram surpreendidos com a forte presença de policias em suas terras.
O motivo: o juiz da Comarca local expediu uma liminar de reintegração de posse provisória daquelas terras para os antigos herdeiros, que venderam para a Empresa Polimix, que atua na região com a implantação do parque eólico. Sem ao menos serem intimadas ou comunicadas, as famílias tiveram suas casas demolidas e, ao todo, mais de 3.800 metros de cercas foram derrubadas. Em seguida, a empresa fez outra cerca não mais permitindo mais a entrada das famílias. “Quando chequei na minha propriedade, achei a cerca toda serrada por moto serra. No lugar fizeram um cerca muito bem feita na frente da casa, com placas proibindo a entrada. Derrubaram a minha casa com tudo dentro; comprei essa terra há 22 anos e tenho a escritura em mãos. Pago meus impostos todo ano e aqui plantava mandioca, feijão, melancia e agora não posso mais entrar em meu terreno”, diz Olga, moradora de Caldeiras.
Após a manifestação dos moradores, o Juiz voltou atrás em sua decisão e revogou a liminar que dava posse das terras adquiridas pela Polimix. As famílias aguardam com ansiedade o momento de retornar para suas terras. Ficam, porém, as marcas de quem sofreu a pressão de sair de sua casa para não ficar debaixo dos escombros, estando sofrendo com os traumas oriundos da ação, além, claro, da necessidade de agora terem pelo menos suas casas reconstruídas pelos responsáveis da tamanha brutalidade.
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